segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sapatos

“Esquecidos, no longo vazio do tempo, remetidos para a negra arrumação de quatro paredes de cartão, ainda sonhavam passados:
- Primeiros novos passos, caminhadas inesquecíveis, festas, jogos, bailados à luz da ribalta, música que pés acompanhavam em alegre ritmo…
Agora, ultrapassados e desgastados pela evolução da vida, perdiam-se em recordações de sonhos já finalizados na lembrança de terem sido…
…Mas um toque de magia aconteceu!
Alguém os descobriu no seu sossego tumular. Alguém que os calçara numa mocidade já abandonada.
Olhou-os ternamente:

- Despertaram para a vida relembrando o passado e, no presente, à vista de todos, contam histórias de ontem…e são apenas sapatos hoje!...”

Fernando Magalhães

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