segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E nem uma estrela acordou

A sombra descia pelas paredes do quarto
lambendo a solidão.

Vai-se sorvendo o silêncio na quietude do tempo
fabricando trejeitos onde olhos de espanto
se interrogam no porquê.

Sei que o frio cai na gravidade de um Dezembro.
Sei que detesto o inverno como o quarto que destila humidade.

Sou o que nunca gostaria de ser. Um sem abrigo
abrigado em manta de sociedade
de costas voltadas para o mundo que não alcanço
por querer.

Lembranças acordam vivas
como vermes que revolvem as entranhas da
terra onde jazem mortos de sonhos acesos.

Procuro a vida sem a encontrar. Adormeço
tão seguro de mim como noite sem luar.
E nem uma estrela acordou
quando anjos me disseram que era noite de Natal!


Fernando Magalhães

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Comemoração do Dia Mundial da Arquitectura | AVEJ

Comemoração do Dia Mundial da Arquitectura | Esta manhã no Auditório da Escola EB 2.3 Dr. Carlos Pinto Ferreira - Junqueira - Vila do Conde | Dissertação do professor José Fernando Magalhães, Arq

www.arquitectos.pt | hoffice.wordpress.com

Junkeira: Comemoração do Dia Mundial da Arquitectura | AVEJ

Junkeira: Comemoração do Dia Mundial da Arquitectura AVEJ: Comemoração do Dia Mundial da Arquitectura Esta manhã no Auditório da Escola EB 2.3 Dr. Carlos Pinto Ferreira - Junqueira - Vila do Conde ...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Exposição de trabalhos realizados pelos alunos do Atelier de Artes

Exposição de trabalhos realizados pelos alunos do Atelier de Artes | Sala CN3 | 16 a 23 de Junho | Escola E.B 2,3 Dr. Carlos Pinto Ferreira - Junqueira - Vila do Conde | Professor Orientador: Fernando Magalhães

quinta-feira, 26 de maio de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Era Uma Vez | Conto

Sem título | José Miguel Silva | Técnica mista

Era uma vez o que era e não era e, por muitas vezes e por muitas eras, parecia não ser…

Mas simplesmente aconteceu, quando uma lâmpada que nunca tinha luzido os seus incandescentes filamentos metálicos, apareceu clara e límpida acesa no hall de entrada.

Antes e após várias consultas a electricistas que nunca conseguiram descobrir como o pólo positivo e negativo, colocados nos respectivos orifícios a esse fim destinados, se reduziam a um fio neutro e esquecido na determinação de brilhar; e que uma ligação perita, criando um circuito que conectada ou desconectada libertaria ou condenaria o decalque plagiado da luz do dia se ria das suas tentativas, desistiram enrolando desanimados fios eléctricos nas mãos e espetando busca-pólos na cabeça.

Às quatro e vinte da madrugada, tendo-se levantado para ir à casa de banho, deparou-se com a altiva lâmpada invadindo de tímbreo alvorecer as escadas e hall.

Um arrepio percorreu-a sentindo os cabelos eriçarem-se na nuca.

Pé ante pé aproximou-se do interruptor e, de dedo apontado e tremente, como se previsse um choque, conseguiu premi-lo e com alívio verificar que a luz se desligara.

Ainda trémula dirigiu-se para a casa de banho.

Sentada na sanita, já mais calma, ponderou que o facto de todos os electrodomésticos estarem desligados poderia ter gerado um acumular de energia que tivesse feito despoletar a luz.

Saiu da casa de banho e ao passar pelo patamar da escada estacou apavorada:

- Lá estava ela, firme e clara, iluminando o vazio formado pala caixa de escadas!

Correu espavorida para o quarto. O facto de viver sozinha em nada ajudava.

Enfiou-se na cama tremendo, puxou célere a roupa e escondeu a cabeça debaixo dela. Estava frio, os maxilares chocavam-se e as pernas tiritavam.

Viu a cama mergulhada em lâmpadas que tentava desligar através de um interruptor colocado à cabeceira da cama, mas quando estendia a mão, este desaparecia engolido pela parede.

As luzes tudo ofuscavam, bailavam à volta do quarto, penetravam nos lençóis, encandeavam-lhe os olhos, perfuravam-lhe a pele e jorravam pelos poros em milhares de claridades que a cada movimento voluteavam no tecto, nas paredes, no chão…

Um grito dilacerou-lhe a garganta, quando olhou para a janela e continuou a ver dezenas de focos de luz!

Acordou pesadelorosamente: - Era o sol que rasgava os orifícios dos estores!

O dia já ia alto.

Levantou-se arrastando um lençol de acalmia aparente e em movimento diarrotineiro pegou no fio do tem que ser da subsistência.

Quando a tarde se fez noite, recolhendo de um estafante dia de trabalho, ao abrir a porta lembrou-se da luz. Estava cega de brilho.

Premiu com receio o comutador. A claridade prontamente apareceu.

Confiante subiu as escadas.

No patamar tombou a escuridão.

O medo inundou-a e um peso caiu-lhe em cima, como se de um corpo agarrado a ela se tratasse. Vergada, arrastou-se a custo escada acima. Queria gritar, libertar-se daquele fardo que a subjugava, mas não conseguia...Gatinhadamente alcançou o último degrau. Gotas frias de suor escorriam fazendo os cabelos colarem-se à face e a roupa ao corpo.

Premiu outro botão e a luz obedeceu.

Fixou uma imagem. Era uma escultura de um Cristo rústico moldado em barro por mãos simples que não consideravam esoterismos ou paranormalogias, apenas acreditavam e compunham. Tinham-lho oferecido num dos seus aniversários, avolumando que era de Rosa Ramalho e que tinha sido benzido.

Colocara-o ali, por cima do aparador, esquecidamente pregado ao branco estuque de fundo.

Agora, sem saber porquê, olhava-o com respeito e confiança.

Acendeu todos os focos que foi encontrando até chegar à cozinha onde preparou uma refeição ligeira.

Jantou presa ao mínimo ruído que se fazia ouvir.

Fumou nervosamente um cigarro tentando rir para escarnecer dos seus receios.

- Mas… e o peso que sentira?

Nessa noite tinha que sair.

Foi tomar um duche.

Arranjou-se delongando sombras com rímel em intervalos intercalados de um ruidoso secador de cabelo.

Espreitou pela janela: chuva miudinha teimosamente coçava as vidraças criando uma neblina que de longe a longe era semi cortada por faróis de automóveis…depois tudo ficava preso à aura pálida e mórbida libertada pelos postes de iluminação.

Descendo a escada chamou um táxi e, de telemóvel na mão, foi desligando ininterruptamente interruptores acabando batendo com força a porta de entrada na cara da escuridão.

O táxi chegou.

Sentiu-se aliviada enterrando-se com languidez nos estofos amaciadamente coçados do carro, que alheio a tudo, deslizava no asfalto molhado rumo ao endereço que mencionara.

Uma sensação de segurança perdida era-lhe restituída pelo motorista, que de costas voltadas, assobiava em surdina uma canção que se desprendia da telefonia.

Teria sido tudo um sonho?

Chegou.

Premiu a campainha da porta da amiga.

Uma luz filtrada por um vidro laminado fosco apareceu e uma porta abriu-se.

- Tu! Por aqui?... Entra que te estás a molhar!

Entre quentes sorvedouros de chá, deslaçaram conversa de horas relembrando tempos de liceu.

Falaram do antigo professor de História, dos modos empolgados como dissertava sobre a Civilização Egípcia e a maldição dos faraós. Nos profanadores das Necrópoles e do seu triste fim.

- Oh filha, isso são tretas! – Replicava a amiga – Lembrei-me agora, ainda tens o Cristo da Rosa Ramalho que te ofereci?

Acenou, nada avançando relativamente aos temores que a tinham assaltado nas últimas horas. Receava que se expusesse as suas apreensões poderia ser considerada irracionalmente louca.

- Já é tarde! Tu agora não vais sozinha, vamos levar-te a casa!

Replicou que não era necessário, que apanhava um táxi, mas sentiu-se intimamente satisfeita por ter companhia durante mais algum tempo.

Pelo caminho, entaramelada na tagarelice da amiga, enquanto o marido conduzia, ia pensando se teria forças para entrar em casa.

- Estamos a chegar! Como consegues viver num sítio tão deserto?

Teve vontade de berrar que não queria viver ali, que detestava a casa, que tinha medo das paredes, mas nada disse temendo o ridículo.

- Olha, a luz das escadas está acesa, tu lembras-te de tudo, assim nenhum ladrão te assalta!

Tinha plena consciência que apagara todas as luzes e, sem querer, um arrepio que lhe eriçou a pele, fê-la soltar um enrolado suspiro.

Despediu-se sem pressas convidando-os a entrar.

Disseram que já era muito tarde e que ficaria para uma outra vez.

Esperaram enquanto metia a chave na fechadura e entreabria a porta.

Acenaram-lhe, enquanto o automóvel se foi perdendo na escuridão e na chuva.

Fechou a porta com tremenda apreensão.

Benzeu-se, o que já não fazia há muito tempo. De imediato estrondeou um trovão que tudo fez vibrar e abalar a estrutura do edifício como se duma construção de areia se tratasse.

Paralisada pelo terror, sentindo as pulsações fazerem eco nas paredes, tentou, num assomo de coragem, lançar o pé direito para o primeiro degrau. Depois, com esforço, o esquerdo para o segundo.

A lâmpada parecia rir, escandalosamente brilhante, do seu esforço.

Continuou sempre, sempre receosamente a subir…

…Este é o último! – pensou mais aliviada.

De repente olhou para a parede.

Enterrou com força as unhas nas palmas das mãos e soltou um grito que se repercutiu no silêncio.

O Cristo estava escaqueirado em mil pedaços, uns no chão, outros ainda agarrados à parede por onde manchas espessas de sangue encaracoladamente escorriam.

Novo trovão, ainda mais forte que o anterior; e a escuridão tombou em pesada queda.

Sufocada agarrou-se desesperadamente aos comutadores que não obedeciam.

Soluçava histericamente transida.

Lembrou-se de uma lanterna de algibeira que tinha no quarto. Às apalpadelas e tropeções tentou encontrar o caminho.

Sentiu um corpo viscoso e frio que lho barrava.

Umas mãos com o gelo da morte apertaram-lhe a garganta e um odor pestilento e sulfuroso fazia-a desfalecer.

Uma bola de fogo atravessou o patamar fazendo aparecer uma forma humanóide, negra e disforme, que se agigantava à sua frente.

A luz voltou.

Nada mais viu.

Correu para a casa de banho abafando um vómito.

Olhou-se ao espelho:

Uns olhos enormes, raiados de sangue, pendiam de órbitas negras de vazias. Uns dentes, sinistramente brancos despontavam de maxilares descarnados. Passando dedos despidos de tecido pelo ralo e crispado cabelo albino, a escuridão caiu, suspensa de uma lâmpada apagada…

Fernando Magalhães

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Morto-Vivo | Conto

Sem título | José Cadeco | Guache s/papel, 21x29 cm

Nunca se tinha sentido cadáver.

Sem dúvida que era a primeira vez, pois não se lembrava de outras.

Deitado num caixão rodeoflorido de coroas, ramos e palmas surdas de verde de onde espreitavam timidamente flores ensaiadas para a ocasião, olhava mortiços círios tremeluzentes, acompanhados de rezas ecorrepetitivas e conversas mastigadas em risos ainda mais longínquas.

Como deglutir situação tão bizarra?

Notara que um cansaço já o perseguia tentacolando-lhe as pernas e sugando-lhe o ar. Atirou estas preocupações para as impostocartas e envelopodívidas que em desordenado mensalmente vencido em profissão outrora conceituada, mas agora desoneradamente desvirtuada nos conceitos políticos vigentes, desfalecia desamparado nas tenazes das finanças.

Culpava a pequena caixa do correio, que, quando aberta, vomitava papel infectado de contas de serviços debitados e ameaçadores em datas e, quando cansado chegava, apenas pretendia entrar na porta onde esse sinistro cubículo se encontrava encastrado, apenas para estar, ser, viver, alimentar-se e dormir.

A vida é mesmo assim! Não gastamos em nós pensando nos outros, que nem sabem se existimos, que não nos ligam, nem nos conhecem, apenas percebem que somos através de um nome que habita um número de uma casa numa rua de uma cidade qualquer.

E vão-nos acenando com cartas e mais cartas, às quais vamos dando resposta, cartas essas que se refugiam em siglas S.A. ou E.P. que transportam a luz artificial que a noite ilumina, o gás que afogueia os alimentos e água que liberta o corpo e nutrimentos da sujiterrosidade e ainda uma NET que traz na rede emaranhada das teias sociais um download de mais oferecer sem se comprometer, quando procuramos aprender.

Mas por que pensava nisto agora?

Neste momento não percebia muito bem se dormia, ou se pela primeira vez acordava para o contraponto inexpugnável de caminhar em frente e mover escondidas vontades de revolucionariamente lutar.

Mas à volta apenas esquadrinhava cetins brancos e ao longo do seu corpo um fato novo que não se recordava de ter comprado.

Ela estava lá.

O ruído pesado dos tacões, que soava do corpo também pesado, no qual se achava em forma no seu quase meio século, que não contemplava inibições e se queixava que o problema era a falta de desporto, ginástica ou exercício.

Muito francamente já não sabia qual era! Fazendo um somatório do que já tinha ouvido em vida, remoía que era tudo ligado à grande vontade de comer e nada fazer no sentido contrário da regurgitação a ginasticar.

Estar vivo é difícil, ele conhecia, principalmente quando não se dá conta do corpo que a nossa vida contém e nos julgamos eternos adolescentes mostrando formas disformes que teimamos em não esconder.

Os saltos altos, batidamente no chão, aproximaram-se dele acompanhadamente.

- Está mesmo bem, não está? Tal e qual como em vida!

- Sim, é ele tal e qual! – aquiesceu a amiga – Carrega o número 7 na vida e na morte. Está noutro mundo que nós não conhecemos, mas que ele está a ver. É o fim e o princípio de tudo. Não sei se teria acabado ou iniciado algo de novo. A numerologia identifica, mas deixa muitas clareiras que a vida não entende não se extendindo!...

- E se extinguindo?

- …Poderia fazer um mapa astral! A vida em luz nada tem de mal, à noite é que se transforma numa incógnita!

Ele tudo ouvia, podia jurar, mesmo não sabendo o que era a morte, também não sabia se estava morto. Muito redondamente não tinha visto aquela luz ao fundo do cónico túnel que outros já tinham vislumbrado. A vida é mesmo assim, recreia-se com a morte em jogo de faz de conta preso por um fio de cordel que se estende ou se retrai puxado ou distendido pelos dedos do destino.

Tanta coisa para fazer, tanta coisa para dizer, tanta coisa para calar!...

Relembrou o que fizera estar com ela, permanecer nela…

…Uma mão repleta de tudo e nada!

Paixões passadas, divórcios, anátemas de sentimentos por resolver em embrulhos sem fitas, onde os presentes em papel dourado, eram surpresas envenenadas que espalharramavam as incertezas.

Foi muito bom no início das inocências já sentidas, mas recalcadas e omitidas em traições, no esquecimento do já não saber por exclusões cansativas de tão pouco, sempre, repetitivos fazeres, sem força ou originalidade.

Acordou em nova forma e invólucro, manuseada no noviciadamente criativo carinho de explosões repetidas de túrgidas arremetidas, que despertavam o novo alvorecer de descargas sensuais nos já esquecidos sabores de um beijo ou fantasias de amor.

Contava-lhe histórias de pasmar, que a vida, de ser tão velha, já não se recordava.

Histórias da cor dos sentimentos: azuis, verdes, amarelas, vermelhas… tudo embalado no mistério de ter existido, mesmo quando pensava que não existia, ou não voltaria a existir.

Nessa altura foi feliz e inundava de ventura com flores da alma quem o rodeava.

Mas que merda de história!

Tão chata como sentir-se deitado num caixão sem se poder mexer ou sentar, reclamar ou gritar que queria sair e que aquela cama forçada não era a sua.

Entretanto as vozes foram-se extinguindo pouco a pouco. Os passos iam-se afastando perdidos no calcorrear limitado do mármore da capela mortuária.

A luz artificial foi desligada. Uma porta fechou-se.

A paz velada pelas velas de cera que bruxuleantes projectavam luz nas paredes, despejavam halos adociqueimados que o fizeram tossir.

- Que fazes aqui? – fez-se ouvir uma voz no silêncio jazente.

- Que eu saiba morri! – respondeu aturdido.

- Morreste o caraças! – ripostou-lhe a mesma voz vinda de uma cruz bem frentemente a ele – Levanta-te e vai é fazer umas férias!

- Férias? Não tenho dinheiro para essas mordomias!

- No altar que vês tens um envelope onde se encontram um novo cartão de cidadão e um cheque em branco para preencheres. Também podes verificar que um bilhete de avião e um passaporte se encontram lá. Nada tem nome, porque tu nada és, mas serás sempre reconhecido por aqueles que te amaram ou odiaram. Um nome é apenas uma ligação a um corpo que se identifica com ele não o tendo escolhido ou adoptado. Levanta-te e parte para todo o sempre ou o nunca! – E a figura pregada, agitava-se contorcidamente sem admitir qualquer tipo de réplica.

Ergueu-se quase caindo, arrastando o caixão das peanhas onde o tinham colocado.

Observado por um olhar vivo e coriscante que sob uma coroa de espinhos que rasgavam a carne em pérolas de sangue, o seguia continuadamente, retirou o envelope que se encontrava mesmo por baixo da cruz.

Vergadecendo despediu-se em perdida e atónita contemplação.

- Não te esqueças do caixão, não o quero aqui dentro! – ordenou num último aDeus a voz.

Assim fez. Pesava para burro! E os sapatos apertavam-lhe os joanetes!

A porta da capela abriu-se como “sésamo”!

Na rua, nem a sombra ou o som de um gato com cio.

Colocou a urna num canteiro de jardim que circundava a capela e correu pela cidade fugindo à morte.

Aos primeiros raivosos fulgores da manhã, nos quiosques de esquina os jornais gritavam em letras a negrito altimpressas: “Cadáver de professor desapareceu!”

Não se efectuou o funeral, mas todo o corpo docente e chegados familiares, compareceram de sombrio luto, sem saberem verdadeiramente o que faziam junto a uma capela mortuária, com um caixão virado de cangalhas, num canteiro à beira-mar florido.

Os alunos, indisciplinadamente na sala de aulas, aguardavam uma substituição.

Fernando Magalhães – Abril 2011