A
mentira não existe.
A
mentira é a verdade com que nos embalam em urdidos artifícios que não nos
deixam pensar e nos remetem para o limbo de uma interrogação desfalecida e
desfasada da realidade que conhecemos, mas que desacreditamos por nos fazerem
crer.
É
tão fácil mentir como fazer acreditar que não se mente.
Os
argumentos utilizados são tão verídicos, como as auto defesas que os querem
contrariar.
Mentir
é sinónimo de ocultação da verdade.
Mas
se a verdade não se vê, a mentira existe?
Oculto,
por pacatez de de alma, a vontade de gritar ao ver notícias telejornalescas que
revolvem entranhas e fazem vomitar vísceras. E, já omiti discursos políticos,
futebolísticos e religiosismos fanáticos!
Poderei
denunciar aquilo que me revolta mas que arrasta outros que acreditam por verdadeira
a mentira camuflada?
Todos
os dias ouço, vejo e sinto, a mentira da verdade que me rodeia, do país que
habito, da vida que quotidianamente carrego rumo ao infinito de querer ser
aquilo, a que, por motivos que a verdade desconhece, me propus ser honestamente.
Será
a mentira de viver, ou a verdade a esmorecer nos meandros da sociedade?
A
verdade de mentir é como nascer sem ter mãe: não conhecemos os genes, não
existe filiação e o que nasceu afinal?
Apenas
a ideia de um filho em efémera gestação!
Esta
afinal é a mentira de fazer vingar e crescer aquilo que nunca eclodiu. Mas que
com publicidade, já chegou à puberdade, sem nunca ter existido!
Para
proclamar a mentira, não acreditei em nada daquilo que registei.
Será
porventura verdade aquilo que não escrevi?
Para
finalizar, manifesto a minha profunda indignação pelas afirmações anteriormente
explicitadas.
A
mentira é a verdade daquilo que nunca existiu.
Fernando
Magalhães
1-4-2013
1-4-2013
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